Análise: Gravity Rush (PSVita)


Título: Gravity Rush.
Data de lançamento: 12/06/2012.
Publisher: Sony Computer Entertainment.
Developer: Sony Computer Entertainment.

Ainda há uns dias me disseram: 'Compraste uma vita? Isso é um desperdício!'. Felizmente, essa afirmação perde o seu sentido muito graças a um titulo em particular: Gravity Rush, também conhecido por Gravity Daze no Japão. O jogo conta a história de uma miuda que sofre de amnésia e que, ao mesmo tempo que tenta descobrir o seu passado, ajuda todas as pessoas e a cidade contra a ameaça Nevi, os inimigos principais (na imagem em baixo). Até aqui parece ser mais uma daquelas histórias sem grande interesse,  e de facto a história é o ponto mais fraco do jogo, mas a partir das 4 ou 5 horas o enredo começa a tornar-se mais interessante, adicionando alguns elementos inesperados.

A jogabilidade, por outro lado, é fabulosa. Como o próprio nome do jogo indica, Kat (a personagem que nós controlamos) consegue manipular a gravidade até um certo ponto, pois possuímos uma barra que limita o tempo que podemos utilizar esse poder. Tudo isto é possível graças ao fiel companheiro de Kat: Dusty um gato preto.

O sistema de combate ao início é simples, mas com o avançar do jogo vai-se tornando mais complexo, com ataques especiais e combinações. Desenganem-se se pensarem que não é inovador, pois grande parte do combate é passado no ar, com ataques voadores espectaculares. É preciso cuidado para não sair do mapa, coisa que vos deverá acontecer até se habituarem à mecânica do jogo. 

Para tornar esta evolução possível, temos um sistema de level up ligeiramente diferente do habitual. Ao longo do jogo temos vários cristais roxos que podemos apanhar e que, conforme a sua forma geométrica têm um determinado valor. Existem ainda cristais verdes, que restabelecem a barra de vida da nossa personagem, e os azuis, que nos enchem a barra de gravidade. Com esses cristais, podemos fazer upgrades às características da personagem. O que torna este jogo diferente é que para desbloquear níveis mais elevados teremos de ganhar reputação, algo que é feito através das missões que vamos fazendo ao longo do jogo.


A cidade está divida em várias áreas diferentes, cada uma com aspecto muito próprio, dos quais se destacam, pelo seu interesse, os Distritos do Entretenimento e Fabril, onde se encontram as fábricas.   Podemos passear sem problemas e sem grandes limitações por essas áreas, mas primeiro teremos que as desbloquear, algo que acontece à medida que vamos avançando no jogo. Seremos obrigados a viajar para outras dimensões onde lutamos contra os Navi, e depois de os derrotarmos desbloqueamos a nova área de cidade correspondente. 

Não é nenhum jogo de mundo aberto ('sandbox') de tamanho gigante. Diria que se equipara um pouco ao Dishonored. Apesar de parecer livre, o jogo é, de certa forma, bastante linear. Para esticar o tempo de jogo, cujo modo de história tem a duração de aproximadamente 14 horas, temos ainda algumas missões secundárias e time trials, aos quais se junta ainda o modo online para comparar os resultados com os dos nossos amigos.


O ponto mais forte do jogo é, sem dúvida alguma, a parte gráfica, com aquele aspecto do jogo todo ter sido desenhado à mão, muito ao estilo de El Shaddai, onde as cutscenes contadas em forma de banda desenhada complementam muito bem esse factor. Como se não bastasse, o jogo consegue ainda tomar partido das 'gimmicks' que a consola oferece, como o touchscreen e o sensor de movimentos. 

Gravity Rush foi sem dúvida alguma uma das maiores supresas de 2012 e, na minha opinião, um dos melhores títulos lançados nesse ano. Para um jogador como eu, que não fica muitas horas agarrado a uma consola portátil, este jogo agarrou-me do inicio ao fim. Se comprarem uma PSVita, façam questão de adquirir este jogo em primeiro lugar.


João Parrado

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Author: Pedro Dias
Coleccionador 'hardcore' e aficcionado por videojogos :)

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